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O que é o cateterismo cardíaco?

O cateterismo cardíaco é um procedimento que utiliza cateteres para avaliar de forma invasiva o coração. É realizado por um médico especialista, o cardiologia intervencionista, e sua principal modalidade é a cineangiocoronariografia, também conhecida como angiografia coronária, que é um exame complementar para avaliar a anatomia das artérias coronárias.

Para quem é indicado o cateterismo cardíaco?

O cateterismo cardíaco é indicado em diversas situações, tais como:

Avaliação da anatomia das artérias coronárias em casos de suspeita de obstrução;
Diagnóstico e tratamento de doenças cardíacas, como infarto agudo do miocárdio e angina instável;
Avaliação da função das válvulas cardíacas
Tratamento de problemas congênitos cardíacos.

Como é realizado o cateterismo cardíaco?

O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, e na maioria dos casos o paciente permanece acordado. É realizado uma sedação leve e é aplicada anestesia local na área onde o cateter será inserido no sistema vascular utilizado no procedimento.

Para obter imagens precisas, é utilizado contraste iodado. Caso o paciente seja alérgico ao iodo, a indicação do exame deve ser reavaliada. Se for indispensável, é possível realizar um processo de dessensibilização com antialérgicos, iniciando o tratamento três dias antes do exame para minimizar qualquer risco ao paciente durante e após o cateterismo.

Quais são os riscos do cateterismo?

Na medicina, é importante considerar tanto os riscos quanto os benefícios de um procedimento. Alguns dos riscos associados ao cateterismo cardíaco incluem:

  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Complicações vasculares devido à punção e manipulação dos cateteres;
  • Alergia ao iodo;
  • Nefrotoxicidade causada pelo contraste;
  • Infecção no local da punção;
  • Perfuração do coração ou das artérias coronárias.


É fundamental buscar aconselhamento junto a um cardiologista para avaliar os riscos e benefícios específicos para cada caso. O médico irá considerar a situação clínica do paciente e tomar as medidas necessárias para minimizar qualquer risco durante o procedimento.

O que é?

A angioplastia é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo frequentemente utilizado para tratar a obstrução das artérias que levam o fluxo sanguíneo ao coração.

Para que serve?

Geralmente é indicada para pacientes com angina, que apresentam obstruções causadas pelo acúmulo de placas de gordura.

Como é feito?

Durante o procedimento, um cateter com um balão é inserido, tipicamente pela artéria femoral através de uma pequena incisão na virilha, e guiado até o local obstruído. Lá, o balão é inflado, rompendo as placas e expandindo o diâmetro da artéria.

Além disso, a angioplastia também é frequentemente realizada para colocar um stent, que é uma pequena malha cilíndrica de aço cirúrgico deixada na região para manter a artéria desbloqueada.

A cirurgia é realizada com anestesia local, tem duração aproximada de uma hora e, além da incisão, não costuma causar desconforto após o procedimento. O período pós-operatório exige repouso de dois dias e evitação de esforços físicos intensos, como o carregamento de peso, por duas semanas. A alimentação pode ser normal, mas o tabagismo é estritamente proibido.

É importante seguir as orientações do médico no pós-operatório para uma recuperação adequada.

Quais os riscos?

Durante o procedimento de colocação, existe o risco de ocorrência de arritmias cardíacas, que podem representar um perigo à vida do paciente. Essas complicações podem ter consequências graves, incluindo a possibilidade de um ataque cardíaco ou, em casos extremos, até mesmo o óbito. É importante ressaltar a importância de uma equipe médica especializada e de monitoramento cuidadoso durante o procedimento para minimizar tais riscos.

O que é Angioplastia Coronária?

A angioplastia coronária, também conhecida como intervenção coronária percutânea, é um procedimento não cirúrgico utilizado para tratar obstruções nas artérias coronárias, com o objetivo de aumentar o fluxo sanguíneo para o coração.

Para quem é indicada?

Ela é indicada em pacientes que têm obstrução nas coronárias, causada principalmente por placas de gordura e trombos

Como é feito?

Durante a angioplastia com balão, um cateter com um balão é inserido através de uma pequena incisão na virilha ou no braço e guiado até o local obstruído da artéria. O balão é inflado para romper as obstruções e restaurar o diâmetro adequado da artéria.

Além disso, é comum a implantação de uma prótese endovascular chamada de “stent” – um pequeno tubo de metal semelhante a um pequeno grampo de cabelo – no local da obstrução para manter a artéria aberta. Existem dois tipos principais de stents: os convencionais e os farmacológicos ou recobertos com drogas.

Os stents convencionais podem levar à formação excessiva de cicatrizes, resultando em reobstrução (restenose) da artéria em cerca de 10 a 20% dos casos. Para evitar esse problema, foram desenvolvidos os stents farmacológicos, que são compostos do mesmo material metálico, mas contêm um medicamento de liberação lenta que reduz o processo de cicatrização e previne a restenose.

O procedimento em si é realizado inserindo cateteres na perna ou no braço, guiando-os até o coração e localizando o local da obstrução. Um fio guia é inserido além da obstrução e um balão é inflado para aliviar a obstrução. Na maioria dos casos, um stent é implantado simultaneamente para sustentar a dilatação e prevenir o estreitamento elástico.

A duração do procedimento varia de 30 minutos a 2 horas, dependendo da complexidade do caso. Após o procedimento, é necessária uma internação hospitalar mínima de 24 a 48 horas, durante as quais serão realizados exames de sangue de rotina e eletrocardiograma.

A angioplastia coronária é realizada no mesmo local do cateterismo cardíaco, em um Laboratório de Hemodinâmica, com o paciente acordado e sob anestesia local. O procedimento é realizado por médicos cardiologistas treinados em Cardiologia Intervencionista e Hemodinâmica.

Quais os riscos?

Como qualquer procedimento invasivo, há riscos envolvidos, como óbito, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e complicações vasculares no local da punção, embora sejam raras. Além disso, o uso do contraste pode causar alergia e insuficiência renal em casos isolados. A equipe médica está preparada para lidar com qualquer intercorrência durante o procedimento.

Sintomas clássicos:

São os mesmos que aparecem nos homens

  • Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula, estômago e costas;
  • Náusea;
  • Vômito;
  • Suor frio;
  • Desmaio;
  • Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino;
  • Enjoos;
  • Falta de ar;
  • Cansaço inexplicável;
  • Desconforto no peito;
  • Arritmia.

Como os sintomas surgem?

Não há uma regra definida para a manifestação dos sinais de um infarto. Eles podem se apresentar de forma conjunta ou isolada. Por exemplo, a dor no peito pode ocorrer juntamente com suor frio ou vômito, ou pode surgir sozinha.

Quando se preocupar?

É importante destacar que sentir dor no peito, enjoo ou cansaço não necessariamente indica um infarto. No entanto, é prudente estar atenta, especialmente se você faz parte do grupo de risco para um ataque cardíaco. Apenas exames clínicos podem determinar se uma pessoa está sofrendo um infarto. Portanto, na dúvida, é recomendável que o paciente procure um cardiologista.

Como saber se está no grupo de risco?

Existem diversos fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco, tais como hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. É importante ressaltar que o hábito de fumar em combinação com o uso de pílulas anticoncepcionais é especialmente arriscado, pois essa associação favorece a formação de coágulos que podem obstruir os vasos sanguíneos. Além disso, a menopausa é um período que requer atenção, pois nessa fase a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno, que facilita a circulação sanguínea e protege o revestimento interno dos vasos, conhecido como endotélio.

O que é infarto do miocárdio?

O infarto do miocárdio, também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando as células de uma região do músculo do coração morrem devido à formação de um coágulo que interrompe abrupta e intensamente o fluxo sanguíneo.

A principal causa do infarto é a aterosclerose, uma doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, levando à obstrução. Na maioria dos casos, o infarto ocorre quando uma dessas placas se rompe, formando um coágulo que bloqueia o fluxo sanguíneo, resultando na redução da oxigenação das células do músculo cardíaco, conhecido como miocárdio.

O infarto pode ocorrer em diferentes partes do coração, dependendo da artéria obstruída. Em casos raros, pode ocorrer por espasmo da artéria, interrompendo o fluxo sanguíneo, ou pelo desprendimento de um coágulo originado dentro do coração que se aloja nos vasos.

Os principais sintomas do infarto incluem dor ou desconforto na região do peito, que pode irradiar para as costas, rosto e braço esquerdo, e raramente para o braço direito. Essa dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto no peito. Além disso, pode ocorrer suor excessivo, palidez e alterações na frequência cardíaca.

Em idosos, a falta de ar pode ser o principal sintoma do infarto. Algumas pessoas podem apresentar dor abdominal semelhante à dor de gastrite ou refluxo, embora seja menos comum.

Em diabéticos e idosos, o infarto pode ocorrer de forma assintomática, sem sinais específicos. Portanto, é importante estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o infarto incluem o tabagismo, níveis elevados de colesterol, hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, obesidade, estresse e depressão. Indivíduos diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. A presença de antecedentes familiares de infarto em pais ou irmãos também aumenta o risco de desenvolver a doença.

Diagnóstico

Além da avaliação clínica dos sintomas, são realizados exames como eletrocardiograma, ecocardiograma e cateterismo para diagnóstico preciso.

Tratamento

No tratamento do infarto, a prioridade é a desobstrução da artéria bloqueada. Existem duas abordagens para isso: a angioplastia coronária (desobstrução mecânica) e o uso de medicamentos fibrinolíticos (desobstrução farmacológica). Na angioplastia, um cateter com um balão é inserido através de uma punção arterial no punho ou virilha e guiado até o local de obstrução da artéria. O balão é inflado para abrir a artéria, e um stent (dispositivo semelhante a uma mola) é implantado para manter a artéria aberta e restaurar o fluxo sanguíneo normal. Já os medicamentos fibrinolíticos são utilizados quando a angioplastia não é possível, pois dissolvem o coágulo. No entanto, essa abordagem pode causar hemorragias e é indicada apenas em situações específicas.

Além disso, são prescritos outros medicamentos como parte do tratamento, com o objetivo de prevenir a formação de novos coágulos, controlar arritmias cardíacas, regular os níveis de colesterol e promover a cicatrização da área afetada.

Prevenção

Além da prática regular de exercícios físicos, uma alimentação saudável e a cessação do tabagismo, é fundamental controlar os fatores de risco, como diabetes, hipertensão arterial e níveis elevados de colesterol, a fim de prevenir o entupimento das artérias e, consequentemente, o infarto.

O que é o eletrocardiograma?

O eletrocardiograma é um exame que registra a atividade elétrica do coração. Ele é utilizado para diagnosticar e acompanhar mais de 90% das doenças cardíacas, principalmente arritmias e infartos agudos, tanto em pessoas saudáveis quanto em pacientes com doenças cardíacas.

Para quem serve?

O exame é indicado para pessoas que apresentam sintomas cardíacos, como palpitações, desconforto no peito, falta de ar, tonturas, ou para aquelas que possuem fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão arterial, diabetes, histórico familiar ou tabagismo. Também é utilizado em check-ups regulares e na avaliação de condições cardíacas pré-existentes.

Como é feito?

O paciente é colocado deitado em uma macapa, logo após um técnico em enfermagem coloca os eletrodos sobre o tórax, em segundos a frequência cardíaca é monitorada e registrada pelo aparelho. Após isso o paciente recebe o resultado do exame, que deverá apresentar ao cardiologista.

O que é o exame MAPA e para que serve?

O exame de Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) é um procedimento que permite o registro indireto e intermitente da pressão arterial ao longo de 24 horas. Durante esse período, o paciente realiza suas atividades diárias e também durante o sono, permitindo uma avaliação mais abrangente da pressão arterial.

O MAPA 24 horas é um exame que pode ser incluído em um check-up médico. Consiste na instalação de um dispositivo no paciente, que tem como objetivo monitorar a pressão arterial a cada 20 minutos ao longo de 24 horas consecutivas.

Como é feito?

Para a realização do exame, é colocado um manguito para medir a pressão arterial no braço do paciente. Esse manguito é conectado a um pequeno gravador, que pode ser posicionado na cintura ou em uma pequena bolsa.

É importante ressaltar que o manguito deve ser sempre colocado no braço, pois não há validação para medição da pressão arterial em outras áreas do corpo.

Para quem é indicado?

Além de ser utilizado em check-ups, o exame MAPA é geralmente indicado nos seguintes casos (entre outros):

  • Suspeita de hipertensão;
  • Avaliação do tratamento da hipertensão;
  • Avaliação de sintomas possivelmente relacionados a alterações da pressão arterial.

O que é ressonância magnética cardíaca?

A ressonância magnética cardíaca é um exame que utiliza um poderoso ímã, sinais de rádio e um computador para criar imagens detalhadas do coração.

Para que serve?

Esse exame tem como objetivo avaliar e diagnosticar uma variedade de condições cardíacas, tais como:

  • Aterosclerose: acúmulo gradual de materiais gordurosos e outras substâncias nas artérias;
  • Cardiomiopatia: espessamento e enfraquecimento do músculo cardíaco;
  • Doença cardíaca congênita: defeitos cardíacos presentes desde o nascimento;
  • Insuficiência cardíaca: enfraquecimento do músculo cardíaco e dificuldade de bombeamento sanguíneo adequado;
  • Aneurisma: dilatação e enfraquecimento de uma parte do músculo cardíaco ou da aorta;
  • Doença das válvulas cardíacas: danos nas válvulas cardíacas que podem afetar o fluxo sanguíneo;
  • Tumor cardíaco: presença de tumores na superfície externa ou dentro do coração.

Como é feito?

Durante o exame de ressonância magnética cardíaca, você será posicionado em uma mesa deslizante que entra em um tubo longo e estreito do aparelho de ressonância magnética. Serão emitidos sinais de rádio e campos magnéticos para criar imagens detalhadas do seu coração e vasos sanguíneos. Em alguns casos, pode ser utilizado um contraste intravenoso para realçar certas áreas do coração.

Indicação?

A ressonância magnética cardíaca é indicada para avaliar a estrutura e a função do coração, auxiliar no diagnóstico de doenças cardíacas e acompanhar a progressão de condições já diagnosticadas.

Quais os riscos?

Se for utilizado contraste durante o exame, existe um risco de reação alérgica. É importante informar o médico sobre suas condições de saúde, especialmente se você possui histórico de alergias, asma, anemia, pressão arterial baixa, doença renal ou doença falciforme. O médico e a equipe responsável poderão avaliar os riscos e tomar as precauções necessárias para garantir sua segurança durante o procedimento.

O que é?

A cintilografia, também chamada de perfusão miocárdica é um método não invasivo utilizado há mais de 30 anos para avaliar de forma precoce e precisa as anormalidades na circulação sanguínea do coração. Essas alterações estão associadas a eventos adversos, como morte cardíaca e infarto agudo do miocárdio. Além disso, um resultado normal na cintilografia indica um risco de eventos cardíacos inferior a 1% ao ano, o que confere um valor prognóstico significativo ao exame.

Como é feito?

O exame de cintilografia de perfusão miocárdica é realizado por meio da combinação de imagens em repouso e em estresse. Essas imagens permitem identificar áreas do músculo cardíaco com risco de isquemia, analisando qualitativamente e quantitativamente o fluxo sanguíneo coronariano e a reserva de fluxo durante situações de aumento da demanda metabólica. O estresse pode ser provocado por exercício físico em esteira ou bicicleta ergométrica, ou por meio do uso de medicamentos específicos.

Indicações principais

  • Estratificação de risco cardíaco em pacientes com fatores de risco (check-up cardiológico);
  • Investigação de insuficiência coronariana sintomática ou sintomas equivalentes;
  • Acompanhamento de exames de imagem anteriores com resultados alterados;
  • Avaliação da eficácia de tratamentos coronarianos, como cirurgia de revascularização ou angioplastia;
  • Avaliação do risco cardiovascular pré-operatório.

Modalidades de estresse cardíaco

  1. Estresse físico

Realizado em esteira ergométrica sob monitoramento cardiológico, tem como objetivo aumentar a demanda metabólica do músculo cardíaco através do exercício físico e do aumento do débito cardíaco. Isso permite identificar possíveis reduções na reserva funcional coronariana.

Principais contraindicações: infarto agudo do miocárdio recente, angina instável não controlada, dificuldade de caminhar, uso de medicamentos que afetam a frequência cardíaca, grandes aneurismas ou condições clínicas graves.

  1. Estresse farmacológico

Realizado com o paciente em repouso sob monitoramento cardiológico, envolve a administração intravenosa de medicamentos vasodilatadores coronarianos, o que causa hiperemia miocárdica. Em caso de doença arterial coronariana, esse teste permite identificar áreas com redução da reserva funcional através da quantificação do desvio de fluxo.

Principais contraindicações: angina instável recente (menos de 48 horas), asma brônquica moderada a grave, bloqueio atrioventricular de segundo grau, doença do nó sinusal e estenose grave das artérias carótidas.